06/04/2023
Dicas MercadoA sustentabilidade vem ganhando cada vez mais força nos discursos corporativos – exatamente como deve ser. O anúncio na COP26 para evitar que o aquecimento global ultrapasse um aumento de 1,5°C foi um pontapé inicial para muitas empresas se concentrarem em emissões zero. Então, no ano passado, isso foi reforçado nas conclusões na COP27 e serviram como um alerta máximo para manter o foco nessa tarefa crítica.
Medir o consumo de energia é estratégico
Muitas empresas não têm certeza de quais são seus custos de energia e resfriamento ou quantos megawatts por hora (MWh) são usados. Alguns custos são simplesmente aceitos sem serem medidos. Essa, além de ser uma prática comercial errônea, também não ajuda o líder a compreender como executar melhorias de custos e ambientais. Se um gerente não receber feedback positivo da empresa para implementar uma tecnologia de economia de energia, como essa melhoria é identificada ou celebrada?
É fundamental uma estratégia integrada de medição de cima para baixo. Embora seja complexo obter uma visão holística, é necessário entender os benchmarks. Por exemplo, em um data center: quais tecnologias contribuem melhor para a redução das emissões de gases de efeito estufa; qual é o consumo de energia; como as escolhas tecnológicas podem mudar isso positivamente? Se as atividades não são medidas, elas não podem ser melhoradas e se fica impossível de quantificar as conquistas.
Adeus aos sistemas legados
Após a medição, é possível identificar onde estão os pontos problemáticos e o que precisa ser feito para melhorar o uso de energia e reduzir as emissões. Alguns dizem que a redução de energia não é possível devido à pegada de carbono e às tecnologias ineficientes que existem no mercado. Isso atrasa o progresso e a inovação e pode bloquear melhorias. No entanto, algumas mudanças tecnológicas têm uma economia de custos tão significativa em termos de energia que faz parte da proposta de valor na implementação de novas infraestruturas.
Além disso, à medida que as empresas começarem a se preocupar tanto com emissões de sua responsabilidade direta quanto indireta, ficará mais claro que não precisam apenas olhar para dentro, mas saber também sobre o uso de energia dos fornecedores externos. É vital conhecer os detalhes. O equipamento legado terá um grande impacto nas emissões de responsabilidade direta e indireta, portanto vale a pena abordar essas questões no curto prazo para reduções no longo prazo.
O lixo eletrônico é outra consideração importante. O que acontece no final da vida útil de um produto? O hardware legado costuma ser destruído após três ou quatro anos, criando um grande acréscimo ao impacto ambiental da tecnologia. A alternativa é a tecnologia com longevidade incorporada e projetada para quebrar as barreiras da obsolescência periódica. A melhor opção é aquela que não precisa ser substituída de anos em anos, funcionando por meio de atualização para garantir que seja mantida em ótimas condições.
Converse sobre sustentabilidade
A maioria das empresas ainda está descobrindo onde seus esforços são mais assertivos. Seja aberto e honesto sobre o progresso, caso contrário, será visto como greenwashing, que nada mais é do que propaganda enganosa. Não estamos em uma competição, estamos todos juntos por uma causa maior: ajudar o planeta. Ouvir outros profissionais é valioso demais e ajuda a colaborar e entender tanto a perspectiva do setor quanto visões alternativas.
Internamente, toda a empresa precisa estar envolvida e investir nessa causa. É ótimo ver cada vez mais empresas publicando relatórios de sustentabilidade e ESG com objetivos estabelecidos, ajuda a educar as equipes e prospects e destacar as prioridades. Além disso, documentos como esses podem ser aliadas nos processos de recrutamento, principalmente para os mais jovens, que estão cientes da importância da sustentabilidade.
Recrute um responsável por sustentabilidade
A partir de agora veremos cada vez mais cargos focados exclusivamente na sustentabilidade. É difícil encurralar todas as diferentes vertentes de pensamento e agir dentro de uma empresa, por isso faz todo o sentido contar com um executivo sênior de sustentabilidade que assuma esse controle. Eles podem garantir que a estratégia geral de sustentabilidade seja conhecida e aplicada em toda a empresa para maximizar o impacto das atividades e das mudanças.
O cargo de Diretor de Sustentabilidade não está muito longe. Com a crescente pressão por mudanças, essa é uma área em crescimento com mais consciência e mais opções de funções.
Busque um selo verde
Existem muitos padrões por aí - e infelizmente nem todos concordam entre si. Alguns são mais rigorosos do que outros e há uma diferença geográfica com a Europa geralmente à frente em termos de conscientização e adoção. Padrões reconhecidos como EcoVadis ou a Science Based Targets Initiative (SBTI) são ótimos para começar. Além disso, a classificação Energy Star que foi aplicada aos produtos de linha branca que se adequam ao padrão internacional para consumo eficiente de energia, agora está sendo aplicada à TI corporativa. Isso é fácil de entender e ajudará os clientes a tomar decisões com base em informações confiáveis, ajudando também as equipes de vendas, a percepção do público em relação à empresa e, mais importante, o planeta.
Da empolgação à ação
Ser mais sustentável é importante para as pessoas e para o planeta e é essencial que as empresas adotem práticas mais verdes. Há muita empolgação e é muito importante reunir isso em uma ação impactante. Com isso, se as empresas implementarem os processos e tecnologias corretos, poderão economizar dinheiro e emissões rapidamente.
A esperança é que um dia não falemos sobre essas etapas e processos como iniciativas de sustentabilidade, mas sim como uma prática comercial padrão. Precisamos ser abertos e honestos sobre quais ações estão funcionando e onde podemos fazer melhorias futuras para o bem do planeta e dos negócios.
FONTE: Contábeis
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